domingo, 12 de maio de 2013

Banksy



Napalm, 2004
Cortesia Schoeni Art Gallery


De Londres a Palestina, o artista anônimo conhecido como Banksy já passou deixando sua marca. Mesmo que os tabloides ingleses afirmem a possível identidade verdadeira de Banksy, tudo ainda não passa de suposição. Embora não se possa afirmar que sua nacionalidade seja inglesa, é nesse país que se encontra sua base.

A revista Superinteressante chega a chamá-lo de "o anônimo mais famoso do mundo".
A revista narra um episódio, no mínimo, representativo de nossos dias, reportado pela BBC de Londres, em 2009, ao entrevistar uma mulher chorando porque a prefeitura, insensivelmente, pintara por cima do graffiti que Banksy fizera no muro de sua casa.




Banksy alcançou o estrelato anônimo e o que se pode dizer com certeza é a irreverência, a capacidade crítica e provocativa de sua obra. Sempre sarcástico, ácido em seu humor, ele pinta críticas às autoridades, às guerras, ao consumismo. Utiliza-se principalmente do estêncil, onde a tinta spray é aplicada por cima de uma máscara recortada que pode ser de papelão ou outro material.
 



Destacam-se os estêncil da menina abraçando uma bomba, os policiais ingleses se beijando na boca, a Monalisa com fones de ouvido e segurando um bazuca, seus famosos ratos em diversas cenas, o Mickey e o Ronald Mcdonald de mãos dadas com a menina vietnamita chorando, nua e toda queimada pelas bombas Napalm, cena que ficou eternizada em filmagem de guerra.

Como diz seu livro livro Banksy - Guerra e Spray, "(...) É preciso muita coragem para levantar-se anonimamente em uma democracia ocidental e pedir coisas que ninguém acredita como a paz, justiça e liberdade".






No mesmo livro, o próprio artista diz: "(...)Algumas pessoas se tornam policiais porque querem fazer do mundo um lugar melhor. Algumas pessoas se tornam vândalos porque querem fazer do mundo um lugar visualmente melhor".






Nascido em Bristol, Inglaterra, nos meados dos anos 70, a arte de Banksy é resumida no livro Street Artists: The Complete Guide (pg.15):

Sua capacidade de tratar a rua como uma tela para projetar seu ponto-de-vista anti-guerra, anti-capitalismo e anti-establishment em geral é insuperável, e a habilidade de sua técnica sem misturas e a inteligência visual de suas peças satíricas, ou o seu movimento de destaque em relação a situação de pessoas e povos oprimidos, forçou a arte de rua a ser reconhecida, contra aqueles que desejavam 'limpá-la da face da terra', como uma forma de arte significativa dos nossos tempos.


 





Em recente viagem aos territórios palestinos, Bansky criou nove imagens no West Bank, o controverso muro que Israel construiu para segregar o povo palestino. O West Bank fica na Cisjordânia. Segundo o The Guardian, "Os sentimentos de Banksy sobre a barreira são explicitados em um comunicado que diz que o muro "essencialmente transforma Palestina na maior prisão aberta do mundo."

Veja alguns dos graffitis de Banksy na região:









Documentário

O documentário multipremiado Exit Through the Gift Shop, dirigido pelo próprio Banksy em 2010, 
é considerado pelo jornal britânico The Guardian como "impagável e hilário".

FICHA TÉCNICA:

Exit Through the Gift Shop - Direção: Banksy. Paranoid Pictures, 2010.



Bibliografia
Banksy - Guerra e SprayAutor: Banksy; McKenna, Paul
Editora: Intrinseca     

Street Artists: The Complete Guide 

Eleanor Mathieson (Author), Xavier A. Tápies (Author), Glenn Arango (Photographer) - Graffito Books (November 1, 2009)Banksy at the West Bank barrier (The Guardian)

Site do Artista Banksy: http://www.banksy.co.uk

 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Blogger news

About